Diário da Região
Caso Marcondes

'A prática de atos racistas e preconceituosos não são tolerados', diz advogado do Palmeiras

Defesa do segurança Adilson Antônio de Oliveira comemora denúncia do Ministério Público contra o vice-prefeito de Rio Preto, Fábio Marcondes

por Vinícius Marques
Publicado há 6 horasAtualizado há 13 minutos
Fábio Marcondes, em confusão no jogo contra entre Mirassol e Palmeiras (Reprodução/ TV Tem)
Fábio Marcondes, em confusão no jogo contra entre Mirassol e Palmeiras (Reprodução/ TV Tem)
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Após o Ministério Público de Mirassol apresentar denúncia de injúria racial contra o vice-prefeito de Rio Preto, Fábio Marcondes, por se referir ao segurança do Palmeiras, Adilson Oliveira, como "macaco velho", o advogado do clube, Euro Bento Maciel Filho, divulgou nota oficial em que parabeniza o trabalho de investigação da Polícia Civil e reforça que se manterá firme no combate à discriminação.

Para Euro Bento Maciel Filho, advogado-sócio do escritório Euro Filho e Tyles e um dos defensores de Adilson, “a robusta denúncia ofertada pelo MPSP reflete o excelente trabalho desenvolvido pela Polícia Civil ao longo das investigações e, mais que isso, deixa claro que, na nossa sociedade atual, a prática de atos racistas e preconceituosos não são tolerados, independentemente de quem seja o autor da ofensa”, consta.

Em fevereiro deste ano, logo após a partida entre Mirassol e Palmeiras, durante uma confusão registrada pela TV TEM, o vice-prefeito de Rio Preto, Fábio Marcondes (PL), foi flagrado chamando o segurança da Sociedade Esportiva Palmeiras, Adilson Antonio de Oliveira, de “macaco velho”. A partir de então, Marcondes (PL) passou a ser investigado em inquérito policial instaurado para apurar a prática do crime de injuria racial. Após meses de investigação, o Inquérito Policial foi concluído, relatado e remetido ao Ministério Público. Nesta quarta-feira, 20, após analisar o caso, o Ministério Público não só justificou não ser o caso de ofertar proposta de Acordo de Não Persecução Penal (ANPP), como também denunciou o vice-prefeito pela prática de injuria racial. O promotor José Silvio Codogno ainda pede a perda do mandato de vice-prefeito após o trânsito em julgado e aplicação de multa não inferior a 50 salários-mínimos, equivalente a 75,9 mil.